Marcos Romão, personagem importante da militância negra no Brasil e que atuou em outros países, faz uma breve reflexão sobre as diferenças do combate ao racismo ao longo de 4 décadas de abertura política.
Dançando, Orun encontra corpos que o constituem, corpos vivos e encantados. Encontra a história de sua família e de sua comunidade, Chão de Estrelas, como também a do centro cultural lá fundado por seus pais, o Daruê Malungo. Nessa trajetória pessoal e artística, traça um caminho de ligação com sua ancestralidade, fortalecendo elos com o passado a fim de criar consciência do que é ser negro no Brasil, ontem e hoje.
A Cor do Amparo é um documentário ficcional que fala da adultização de crianças negras, discutindo temas como a privação da infância e a pressuposição de autonomia associada ao estigma racial. Entre entrevistas e cenas ficcionais, o filme desenvolve uma narrativa sobre ausência e presença e as possibilidades de vida para crianças pretas. O caso do desaparecimento de Lucas Matheus, de 9 anos, Fernando Henrique, de 12, e Alexandre Silva, de 11, é parte central do documentário. Os três meninos, negros, do território da Baixada Fluminense foram vistos pela última vez na Feira de Areia Branca, Belford Roxo, no dia 27 de dezembro de 2020. Criança preta, quem a ampara? "Nós precisamos urgentemente de um pacto político-social que garanta a infância das crianças negras"(Renato Nogueira)."
Gerações de mulheres negras moradoras de três quilombos urbanos no Amapá compartilham suas vivências e suas relações de sabedoria ancestral com suas terras, a partir da colheita com a agricultura, da cura que vem das plantas, da preservação de suas culturas.
Senhora encontra uma boneca na floresta e a entrega na casa mais próxima para uma mulher. A fotógrafa usa um cordão de Oxumaré, que forma um elo entre o céu e a terra numa espécie de pedido de ajuda; a outra mulher se sente protegida por sua crença e branquitude. A atualidade através de símbolos.
Em um local imaginário, um grupo de jovens negrxs encontra uma anciã indígena na porta de um antigo mercado de escravos. Diante das perguntas ela resolve contar o que não foi dito sobre o local, sobre o antes, sobre o tempo antes do tempo.